quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Corredor Ecológico e Reserva do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo


Criação de Corredor Ecológico entre a Serra do Japi e a Reserva do Morro Grande - SP.

“Pedimos que as autoridades criem um Corredor Ecológico* entre a Reserva do Morro Grande e a Serra do Japi - SP para mitigar os efeitos negativos da expansão urbana, principalmente em decorrência da implantação do Sistema Produtor São Lourenço (SABESP). A criação deste corredor é uma importante contribuição para a conservação da biodiversidade da Mata Atlântica. *Lei 9.985, de 18/07/2000.”

Assine a petição!



Inúmeros são os motivos para preservá-la: resguardar seus cursos d´água cristalinos, por ser uma das raras florestas do mundo sobre solo quartzítico, proteger sua rica e pouca conhecida biodiversidade, contenção de ilhas de calor, filtro natural da poluição do ar e da poluição sonora... 


-->

Á Reserva do Morro Grande

-->

"A Reserva Florestal do Morro Grande foi criada com o intuito de proteger as nascentes e cursos d'água formadores do rio Cotia. Desta forma, garantiu-se a preservação de uma área de mata muito próxima à capital paulista, uma das maiores cidades do mundo. Em 1994, a Reserva foi também inserida como área-núcleo na Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, recebendo assim um reconhecimento internacional pelos significativos serviços ambientais que ela propicia à cidade de São Paulo (Victor et al. 1998). No entanto, se não forem mantidas as suas características e composição originais, a preservação dessas matas não irá garantir a manutenção de todos os seus serviços biológicos."

A fauna do Morro Grande


Registros de mamíferos de maior porte na Reserva Florestal do Morro Grande, São Paulo
“As espécies mais comuns na Reserva Florestal do Morro Grande foram espécies menores, como o esquilo (Sciurus aestuans), o gambá (Didelphis aurita) e o tapiti (Sylvilagus brasilienses), estando presentes em quase todas as áreas amostradas.

As espécies da ordem Carnivora (gato do mato - Leopardus sp, irara -Eira barbara e coati - Nasua nasua) foram registradas em poucas áreas amostradas e, a maioria delas, apresentou baixo número de registros na amostragem por transcecto linear e/ou nas parcelas de areia.”


As espécies mais abundantes da reserva são esquilos e gambá


“O predomínio desta espécie na Reserva é um indício do alto grau de perturbação da área. Dados de Fonseca (1989) e Fonseca & Robinson (1990) mostram que espécies do gênero Didelphis são generalistas de habitat e dieta e se adaptam muito bem a áreas onde a fauna de carnívoros esteja depauperada ou eliminada. Nessas situações, espécies do gênero Didelphis tendem a tornar-se dominante, como ocorre na Reserva.

Das dezoito espécies encontradas, podemos verificar espécies exóticas como: a lebre (Lepus capensis) e o mico-estrela (Callitrhix penicillata), mais comum ao bioma Cerrado.”


Á ETA Guaraú


A estação de tratamento de Água do Guaraú é responsável pelo tratamento de água do Sistema Cantareira e o abastecimento da metade da população da região metropolitana de São Paulo.

A água é captada de vários mananciais superficiais, o Sistema Cantareira é um complexo sistema de represamento que através de gravidade vai da represa de Jaguari-Jacarei com 844m de altura, passa pela represa de Cachoeira a 822m de altura, depois pela represa de Atibainha a 787m de altura e a represa Paiva Castro até chegar a estação elevatória de Santa Inês, onde é bombeada por uma altura de 120m até chegar ao reservatório de Água Claras. Este trajeto percorre uma distância de 100 km, passando por 48km de túneis e canais.


Á Serra do Japi



A Serra do Japi é uma pequena cadeia montanhosa localizada no sudeste do estado de São Paulo, entre grandes metrópoles, como São Paulo e Campinas, e muito próxima das principais rodovias do Estado.


Os mananciais da Serra do Japi

São várias nascentes pela serra inteira, formam córregos, quedas d'água por todos os lados. 

 

Região ecotonal


"A serra do Japi é considerada uma região ecotonal, isto é, uma área de transição ou confluência entre duas ou mais classes de formações florestais: as ombrófilas, floresta latifoliada tropical pluvial úmida de folhas perenes da serra do Mar e as semideciduais, que perdem parcialmente suas folhas no período de estiagem, do interior paulista. Uma das características mais relevantes das áreas ecotonais é a grande diversidade de formas de vida. Suas florestas abrigam inúmeras árvores. São mais de trezentas espécies observadas até hoje, existindo, também, um grande número de arbustos, herbáceas, samambaias e musgos."   (Fonte: http://www.selosefilatelia.com/PastaLancamentos/014.html)"

Uma das características mais relevantes das áreas ecotonais é a alta diversidade de formas de vida.


A fauna da Serra do Japi

"São centenas de espécies de borboletas identificadas  e muitas outras espécies de insetos.           
Várias espécies de aves como inambu-xitã, garça-branca, urubus, gaviões, falcões, acauã, siriema, quero-quero, juritis, alma-de-gato, corujas, beija-flores, pica-paus, joão-de-barro, matraca, tesourinha, araponga, bem-te-vis, andorinhas, gralhas, corruíras, sabiás, sanhaços, saíras, tiziu, tico-ticos, bicos-de-lacre e muito mais, habitam permanente ou temporariamente a Serra do Japi."
"Mamíferos como gambás, tatus, tamanduá, morcegos, bugio, macaco-sauá, cachorro do mato, jaguatirica, gatos-do-mato, gato-maracajá, onça-parda, furão, cateto, serelepe, preá, ouriço, veados, capivara, tapiti, dentre muitos outros. Alguns destes mamíferos, ameaçados de extinção,  têm o Japi como um de seus raros refúgios."
"Seres como fungos, protozoários, bactérias e vírus também habitam estas florestas, tendo importância na patologia humana, veterinária e vegetal, na decomposição e mineralização da matéria orgânica no solo e nas cadeias alimentares."




Dispositivos Legais: 

  • Resolução nº 11, de 08 de março de 1983: Tombamento de áreas da Serra do Japi pelo CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico; 
  •  Lei Estadual nº 4.095, de junho de 1984: cria a APA - Área de Proteção Ambiental a região urbana e rural do Município de Jundiaí. 
  • Lei Municipal nº 3.672/91: Institui a Reserva Biológica do Município; 
  • Decreto Municipal nº 13.196/92: Regulamenta a área da Reserva Biológica do Município, com 20,712 km², situada no interior das áreas tombadas; 
  • Declarada pela UNESCO em 1992 como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo; 
  • Decreto Estadual nº 43.284/98, de 03 de julho de 1998: Regulamenta as leis nº 4.023, de 22 de maio de 1984 e nº 4.095, de 12 de junho de 1984, que declaram áreas de proteção ambiental as regiões urbanas e rurais dos municípios de Cabreúva e Jundiaí.
  •  Instituição, em 2001, do Programa de Visitação Monitorada a Serra do Japi, 
  • Lei Complementar nº 417, de 29 de dezembro de 2004: Cria o Sistema de Gestão das Áreas da Serra do Japi e revoga dispositivos do Plano Diretor. 

Curiosidade

Quartzitos: As rochas quartzíticas apresentam diversas formas de relevo, dependendo de sua composição, espessura e grau de deformação. Muscovita e sericita ocorrem com freqüência nos quertzitos. Sua presença confere maior friabilidade à rocha.



Fontes:

Grande Oeste Verde

Portal da Prefeitura de Jundiaí
Instituto Serra do Japi


CPRM – Serviço Geológico do Brasil



Wikipédia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Reserva_do_Morro_Grande  

Biota Neotrop. vol.6 no.2 Campinas  2006

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-06032006000200006



Cidade Democrática


Sabesp


-->
Notícias R7